A aeronave com brasileiros repatriados vindos da Cisjordânia pousou nesta quinta-feira (2), na base aérea de Brasília, com 26 dos 32 passageiros. Seis pessoas ficaram em Recife, Pernambuco, onde aconteceu a última parada técnica antes de pousar na capital federal.
Já em solo brasileiro e a caminho de São Paulo, o palestino Mahmoud Sali, de 43 anos, relatou o medo que passou na Cisjordânia, antes de conseguir voltar com a esposa, também palestina, e os três filhos crianças.
Com destino a Foz do Iguaçu, no Paraná, Amer Aziz, de 40 anos, se sentiu aliviado de estar em solo brasileiro. Ele tem esperança de poder voltar um dia, à Cisjordânia.
De acordo com o Ministério da Saúde Palestino na Cisjordânia, mais de 120 palestinos foram mortos na região, pelo exército israelense ou por colonos, desde 7 de outubro.
A bordo do avião presidencial que trouxe os brasileiros repatriados, estavam um médico e uma psicóloga da Força Aérea Brasileira.
O capitão médico Gustavo Costa relatou que o voo teve algumas situações de estresse e ansiedade, mas também espaço para interação das crianças. Emocionado, ele contou sobre a experiência pessoal.
Agora o governo brasileiro soma 1.445 passageiros e 53 animais de estimação, trazidos em oito voos vindos de Israel e da Jordânia.
Enquanto isso, 34 brasileiros continuam na expectativa de serem autorizados a atravessar a fronteira de Rafah, entre a Faixa de Gaza e o Egito.
Nesta quinta-feira, mais uma lista com 576 estrangeiros de 15 países foi autorizada a atravessar para o país africano. Desses, 400 estrangeiros são dos Estados Unidos.
Quando a fronteira foi aberta pela primeira vez, também não havia brasileiros na lista entre estrangeiros de oito países, profissionais da Cruz Vermelha e de organizações não governamentais.
Segundo o governo brasileiro, “novas listas serão publicadas em breve e os brasileiros devem estar nelas”.
