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Um vácuo de poder abriu espaço para gangues criminosas agirem contra as instituições de estado haitianas, na opinião de um dos principais especialistas brasileiros sobre o Haiti.
Nesse fim de semana, criminosos atacaram duas penitenciárias na região de Porto Príncipe, libertando cerca de quatro mil presidiários.
Para o doutor em Relações Internacionais e autor de três livros sobre o Haiti, Ricardo Seitenfus, o que aconteceu já vinha sendo gerado desde o assassinato em 2021 do presidente Jovenel Moïse.
"Houve um vazio de poder. Houve uma contestação do primeiro-ministro designado pelo então presidente Jovenel Moise antes de ser assassinado. Contestado pelas oposições e que não se entendem com o grupo que está no poder para organizar eleições e para ter um governo de união nacional. É assim que funciona o Haiti. Mais uma anarquia do que uma sociedade organizada do ponto de vista político".
Para Seitenfus, políticos podem estar se aproveitando das ações das gangues criminosas para chegar ao poder. O que é um erro. "Todos estão de olho no poder sem passar por eleições. Agora é muita ingenuidade confiar nas boas intenções dos chefes de gangues. E isso a oposição está confiando. E dificultou, até o momento, a chegada de uma força multinacional para combater as gangues".
A nova missão internacional que chegar ao país, vai encontrar uma situação bem pior do que a Minustah, que ficou no país entre 2004 e 2017. "A situação de hoje no Haiti é muito pior do que de 2004. Porque a força multinacional que deverá ir ao Haiti vai encontrar adversários à altura, armados, jovens delinquentes, assassinos frios, sobretudo na região metropolitana de Porto Príncipe. Vai haver combate de rua. Vai haver guerrilha urbana".
O especialista explica que o Haiti não sofre apenas com a violência das gangues. Segundo ele, a população convive com altas taxas de desemprego, analfabetismo e a dificuldade de organizar politicamente o país. O Haiti tem 266 partidos políticos.
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