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Internacional

ONU pode reconsiderar candidatura da Palestina como membro pleno

EUA vetaram pedido no Conselho de Segurança da organização
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Pedro Moreira
11/05/2024 - 13:14
Repórter da TV Brasil

 A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução pedindo que seja reconsiderada a candidatura da Palestina como membro pleno da organização. A adesão de um Estado à ONU depende da aprovação do Conselho de Segurança, fórum no qual os Estados Unidos vetaram no mês passado uma proposta nesse sentido.

Foram 143 votos favoráveis, 9 contrários e 25 abstenções. A Assembleia Geral enviou o pedido de adesão palestino ao Conselho de Segurança, recomendando que reconsidere o pleito favoravelmente. Desde 2012, a Palestina detém o status de observador permanente na ONU.

O representante de Israel, o embaixador Gilad Erdan, triturou uma cópia do documento fundador da organização. "Vocês estão destruindo a Carta da ONU com suas próprias mãos e deveriam se envergonhar", disse ele, e completou: "A Assembleia abriu as Nações Unidas aos nazistas modernos, aos jihadistas genocidas que querem um Estado Islâmico em Israel e na região, assassinando todos os homens, mulheres e crianças judeus".

O representante da Palestina, Riad Mansour, argumentou que o voto, sim, não era contrário a nenhum Estado. "O governo de Israel se opõe tanto porque é contra a nossa independência. A solução de dois Estados é um investimento na paz", disse ele.

Enquanto isso, na Faixa de Gaza, a ONU calcula que mais de 100 mil pessoas já fugiram de Rafah nos últimos cinco dias.  Muitas famílias relatam que estão se deslocando pela quarta, quinta vez.

O Unicef afirma que nenhum combustível e quase nenhuma ajuda entrou no território desde segunda-feira, quando Israel intensificou os ataques à cidade. Caso a situação não mude, toda a operação humanitária pode parar em questão de dias.

A fila de caminhões só aumenta e os motoristas temem que os alimentos estraguem. Os bombardeios seguem em toda a faixa. Os mortos passam de 34 mil.

Com informações da Agência Reuters

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