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Internacional

Tarifaço de Donald Trump segue afetando mercado financeiro global

Presidente americano ameaça elevar taxação de produtos chineses
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Rafael Gasparotto – Editor da Rádio Nacional
07/04/2025 - 22:07
Brasília
U.S. President Donald Trump delivers remarks on tariffs in the Rose Garden at the White House in Washington, D.C., U.S., April 2, 2025. REUTERS/Carlos Barria
© Reuters/Carlos Barria/Proibida reprodução

No primeiro dia útil após o início da vigência das tarifas de 10% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos importados, o mercado global, mais uma vez, teve prejuízos. As bolsas asiáticas registraram as maiores quedas. O clima ficou ainda mais tenso após o presidente Donald Trump postar em redes sociais que, "se a China não retirar o aumento de 34% até amanhã (8), os Estados Unidos vão impor tarifa adicional de 50%, a partir de quinta-feira (10)", sobre os produtos exportados pelo país asiático. A nova ameaça dos Estados Unidos veio três dias depois do anúncio da retaliação chinesa ao tarifaço americano e três dias antes de a medida entrar em vigor.

Em resposta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, acusou os Estados Unidos de unilateralismo, protecionismo e intimidação econômica. Além disso, pediu aos executivos de empresas norte-americanas que “tomem medidas concretas” para resolver o problema.

A guerra declarada entre os dois países aumentou ainda mais a especulação entre investidores. O Bitcoin atingiu hoje (7) a menor cotação de 2025, com recuo de quase 3%. O dólar operou mais um dia em forte alta frente ao real, com máxima de R$ 5,93. A bolsa americana abriu o pregão em forte baixa e foi recuperando os prejuízos ao longo do dia, mas as ações asiáticas sofreram ainda mais. A bolsa japonesa chegou a cair mais de 8%, o que provocou o acionamento de um circuit breaker, paralisando as negociações por dez minutos. Por aqui, o Ibovespa chegou a recuar mais de 2%.

Além dessas reações imediatas, a expectativa dos especialistas é que, em poucos meses, os efeitos dessa crise entre China e Estados Unidos comecem a impactar as pessoas e as empresas em todo o mundo, traduzidos, por exemplo, em desemprego, inflação e queda nos lucros.

*Com informações da Agência Reuters

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