Defesa de suspeito do ataque ao Porta dos Fundos entra com pedido de habeas corpus
A defesa de Eduardo Fauzi Richard Cerquise, suspeito de participar do ataque à sede da produtora Porta dos Fundos, no Rio de Janeiro, entrou com pedido de habeas corpus para seu cliente no Tribunal de Justiça do Estado.
Segundo a assessoria de imprensa do tribunal, o pedido está na 2ª Vice-Presidência, aguardando para ser distribuído para uma das câmaras criminais.
Único identificado entre os cinco homens suspeitos de atirar bombas caseiras contra a sede da produtora, Cerquise viajou para Rússia dias após o ataque.
Ele teve prisão temporária decretada e, caso seja encontrado, pode vir a ser extraditado, já que Brasil e Rússia têm acordo de cooperação na área.
A Polícia Federal pediu para a Interpol emitir um alerta internacional, a chamada difusão vermelha, incluindo Cerquise entre as pessoas procuradas pela Justiça criminal de seus países que fugiram para outras nações.
A defesa do investigado afirma que ele viajou antes da emissão do mandado e "sequer sabia que seria o principal suspeito".
Os advogados Diego Rossi Moretti e Jonas de Oliveira afirmam que Cerquise é "alvo de sensacionalismo" e "jamais teve a intenção de machucar qualquer ser humano".
O caso está sendo tratado como tentativa de homicídio, uma vez que um funcionário da produtora estava no local que foi atingido pelas bombas e sobreviveu às explosões.
A defesa contesta ainda o termo "foragido" e afirma que a palavra "é utilizada para aqueles que têm uma ordem de prisão para o cumprimento da pena".
Os advogados acrescentam em suas alegações que a inclusão na lista da Interpol não cabe para pessoas contra as quais haja mandado de prisão temporária.



