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Justiça

Adélio Bispo deve ficar em Penitenciária Federal de Campo Grande, decide ministro do STJ

STJ
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Lucas Pordeus León
18/06/2020 - 09:16
Brasília

Uma decisão do Superior Tribunal de Justiça determinou que Adélio Bispo de Oliveira permaneça na penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

 

O ministro do STJ, Joel Ilan Paciornik, decidiu que o autor da facada contra Jair Bolsonaro, em 2018,  fique na penitenciária até que o tribunal julgue definitivamente o caso. A data do julgamento ainda não foi definida.

 

O despacho ocorreu mais de três meses após a Justiça Federal ter decidido que Adélio deveria ser transferido a um local adequado para o tratamento psiquiátrico. O que não aconteceu.

 

Em março, o juiz Dalton Conrado, da Justiça Federal em Campo Grande, decidiu que Adélio não poderia continuar preso no presídio federal. Mas o juiz Bruno Savino, da 3ª Vara da Justiça Federal em Juiz de Fora, onde o atentado ocorreu, enviou o caso para ser decidido pelo STJ.

 

Segundo o magistrado, o hospital psiquiátrico de Barbacena, em Minas Gerais, informou que não tem vagas disponíveis e que não há como garantir a segurança do local.

 

Adélio Bispo foi absolvido pela facada em junho do ano passado depois que o processo criminal considerou ele inimputável, pessoa que não pode ser punida, por causa de transtorno mental. A defesa de Adélio afirmou que ele agiu sozinho e que o ataque foi fruto de uma mente atormentada e possivelmente desequilibrada.

 

Nesta semana, a Justiça Federal em Minas Gerais decidiu arquivar, temporariamente, um segundo inquérito aberto para apurar a participação de terceiros no atentado contra o então candidato Jair Bolsonaro.

 

Na decisão, o juiz Bruno Savino, da 3ª Vara Federal em Juiz de Fora, aceitou o pedido de arquivamento feito pelo Ministério Público Federal. Para o órgão, as investigações também apontam que Adélio agiu sozinho e não há indício de que ele tenha encontrado um cúmplice ou que tenha recebido dinheiro para cometer o atentado contra Bolsonaro.

 

O juiz também decidiu que o inquérito poderá ser reaberto se novas provas aparecerem.

 

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