MPRJ denuncia por racismo policiais que agrediram jovem em shopping
O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou por racismo dois policiais militares, que agrediram um jovem dentro de um shopping na zona norte carioca, onde atuavam como seguranças. O episódio aconteceu no início de agosto, na Ilha do Governador. Em caso de condenação, a pena prevista é de um a três anos de reclusão.
Na denúncia, o Ministério Público detalhou que Matheus Fernandes, negro de 18 anos, trabalha fazendo entrega de alimentos, atendendo a clientes do próprio shopping. No dia do ocorrido, o jovem tinha ido trocar um relógio comprado para presentear o pai, quando foi abordado pelos PMs Gabriel Izaú e Diego da Silva, que o acusaram de furto.
Matheus foi imobilizado e forçado a deixar a loja. Ele teve, ainda, uma arma de fogo apontada para a cabeça. O MP sustenta que os seguranças da loja levantaram a suspeita de furto em razão da cor da pele do jovem.
Imagens gravadas pelas câmeras de segurança e por celulares de clientes registraram a abordagem e também as agressões. A reportagem não conseguiu contato com as defesas de Gabriel Izaú e Diego da Silva.
Mas, segundo o Ministério Público, ambos alegaram, em depoimento a Polícia Civil, que Matheus teria levantado suspeitas porque estava com um boné que fazia menção a um antigo chefe do tráfico de drogas de uma favela da região. Disseram ainda que ele também aparentava esconder uma arma sob suas roupas.
Ainda em depoimento, os policiais contaram que são colaboradores da empresa de consultoria em segurança, que presta serviço ao shopping. Em nota, o Ilha Plaza informou que, logo após o episódio, cancelou o contrato com a empresa por entender que houve quebra de protocolo e violação das regras firmadas.
O texto diz ainda que o centro comercial repudia qualquer ato discriminatório e violento, além de adotar medidas para contribuir com a luta antirracista, entre elas, a criação de um Comitê Consultivo de Diversidade.
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