MPRJ denuncia bombeiro que atropelou ciclista por homicídio culposo

Polícia Civil considerou o caso como homicídio com dolo eventual

Publicado em 20/01/2021 - 14:31 Por Raquel Júnia - Rio de Janeiro

O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, o bombeiro militar João Maurício Passos pelo atropelamento e morte do ciclista Cláudio Leite da Silva, na madrugada do dia 11 de janeiro, na zona oeste do Rio.

A conclusão do MPRJ difere, no entanto, da Polícia Civil, que considerou o caso homicídio com dolo eventual, ou seja, quando o autor assume o risco de causar a morte.

Depois do atropelamento, em uma das principais vias da Barra da Tijuca, o bombeiro não prestou socorro, abandonou o veículo e fugiu a pé após colidir novamente alguns metros a frente.

O Ministério Público também destacou que João Maurício dirigia alcoolizado, conforme demostram imagens feitas instantes antes em um posto de gasolina próximo ao local do atropelamento e, ainda, que deixou de prestar socorro à vítima. A denúncia destaca ainda que ele não solicitou auxílio para que fosse prestado socorro e que o ciclista pedalava de forma correta, na sua mão de direção.

A pena prevista para este tipo de crime no Código de Trânsito Brasileiro é de dois a quatro anos de detenção, mas com a possibilidade de agravamento se o agente deixar de prestar socorro e também no caso de o condutor estar alcoolizado ou sob a efeito de outra substância psicoativa, situações nas quais se enquadram João Maurício.

No ultimo dia 16, uma manifestação homenageou o ciclista, cobrou justiça para o caso e fim da violência no trânsito. Mais de 500 ciclistas fizeram o mesmo trajeto que Cláudio percorreu no dia em que foi atropelado.

Nas redes sociais, diversos grupos de ciclistas criticaram a denúncia do MPRJ por considerar que o bombeiro militar deveria ser indiciado por não prestar socorro ter assumido o risco de matar o ciclista.

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