Após denúncias de irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin a PGR, Procuradoria Geral da República, informou ao STF, Supremo Tribunal Federal, a abertura de inquérito, para investigar o Presidente Jair Bolsonaro. Ação quer apurar suposta prevaricação, que é quando um agente público deixa de tomar alguma decisão legal por algum motivo, ou algum interesse pessoal.
A Procuradoria chegou a pedir que as investigações começassem somente após o fim da CPI da Pandemia, que ocorre no Senado. Mas a ministra do Supremo, Rosa Weber, alegou que a apuração da CPI não prejudicaria a apuração das denúncias feitas por três senadores à corte. Com isso, a PGR pediu ao Supremo a abertura do inquérito.
O deputado federal, Luis Miranda, do DEM, alega que - junto com o irmão e servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda - avisou ao Presidente Jair Bolsonaro, sobre supostas irregularidades na compra de vacinas indianas, Covaxin. Segundo o parlamentar, a reunião com o presidente foi em março deste ano e, como a compra não foi suspensa e não houve apuração da denúncia, o presidente passa a ser investigado por suposta prevaricação. Três dias após a reunião do deputado com o presidente, Eduardo Pazuello era exonerado do cargo de ministro da Saúde. O contrato de compras da Covaxin foi suspenso pelo Ministério da Saúde, somente na última terça-feira, três meses após a denúncia de suspeita do deputado.
No pedido de investigação ao Supremo, o Vice-procurador da República, Humberto Jacques de Medeiros, pede que a Polícia Federal investigue as denúncias contra Bolsonaro, ouvindo diversos órgãos, testemunhas e verifique se houve dolo, ou seja, intenção de satisfazer interesse pessoal, por parte do Presidente.
A Secretaria de Comunicação disse que não se manifesta sobre a atuação de outros poderes ou órgãos que não sejam do executivo.