O Ministro Flávio Dino informou que até a noite, desta segunda-feira, 1,5 mil pessoas em Brasília foram presas em flagrante por participarem dos atos golpistas que atacaram as sedes dos três poderes no Distrito Federal.
A maioria delas estava acampada em frente ao Quartel General do Exército em Brasília na desta segunda-feira. Elas foram levadas para a sede da academia nacional da polícia federal onde vão passar a noite.
Cerca de 50 equipes da Polícia Federal colhem os depoimentos dos extremistas. O ministro explicou que agora cabe a justiça decidir se essas pessoas vão continuar presas ou se vão responder aos processos em liberdade.
Ele também explicou que foram realizadas as perícias nos edifícios do Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal e Congresso. E citou os crimes cometidos, como o crime de golpe de estado, o de tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, crime de dano qualificado, de associação criminosa e ainda o de lesões corporais, inclusive contra profissionais da imprensa.
Segundo Flávio Dino, a situação neste momento caminha para a normalização institucional já que os golpistas não tiveram êxito na tentativa de uma ruptura constitucional.
Flávio Dino disse ainda que não é possível afirmar que a falha da segurança pública do Distrito Federal foi um ato criminoso, no entanto defendeu que o ocorrido era evitável se não fosse uma mudança de planejamento de última hora promovida pela segurança do Governo do Distrito Federal.
O ministro disse ainda que a pasta está em busca de todos aqueles que estiveram envolvidos diretamente ou indiretamente com o ato desse domingo, mesmo aqueles que não estavam em Brasília. Pessoas que, por exemplo, financiaram, incentivaram a participação e propagaram discurso de ódio nas redes sociais. O ministro também disse que políticos também precisam ser responsabilizados.
O Ministério da Justiça disponibilizou um email para que a sociedade denuncie pessoas que têm relações com os atos golpistas. O e-mail é denuncia@mj.gov.br