Prestes a completar dois anos, o processo que apura a morte da jovem Kathlen Romeu, de 24 anos, que estava grávida e foi atingida por um tiro no dia 08 de junho de 2021, no Complexo do Lins, na zona norte do Rio de Janeiro, ainda não foi a julgamento.
Na próxima segunda-feira, será realizada uma audiência de instrução e julgamento pra ouvir os dois policiais militares acusados de atirar contra a designer de interiores.
A audiência acontece na 2ª Vara Criminal da Capital e familiares e amigos da jovem preparam um ato em protesto contra a demora no processo e pedindo justiça.
Nessa terça, foram ouvidos cinco policiais militares acusados de fraude processual em um segundo processo referente à operação que resultou na morte de Kathlen.
Eles reforçaram a tese de que foram surpreendidos por disparos de bandidos e houve confronto. Um deles admitiu que efetuou cinco disparos de fuzil durante a ação.
Os agentes negaram que houve fraude processual e afirmaram que devido a protestos de moradores não foi possível preservar o local do homicídio para a perícia.
Um dos policiais disse que, após o socorro a Kathlen, foram recolhidas sacolas abandonadas pelos bandidos na rua, contendo papelotes de drogas, carregadores de pistola e de fuzil e munições.
Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, o pai de Kathlen Romeu, o professor Luciano Gonçalves, lembrou que vídeo gravado instantes após a filha ser atingida contradiz os depoimentos dos agentes.
Luciano Gonçalves afirmou ainda que é urgente uma reformulação na política de segurança pública, principalmente nas comunidades.
O ato de protesto e em memória de Kathlen Romeu tem concentração marcada para segunda-feira, 13h, em frente à sede do Tribunal de Justiça do estado, no centro do Rio. A audiência está prevista para as 14h.