Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro denunciou oito pessoas por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, da menina Raquel Antunes da Silva, de 11 anos, morta durante desfile da série ouro no Carnaval de 2022.
O acidente aconteceu na dispersão do Sambódromo. Raquel foi imprensada entre um poste e um carro alegórico da escola Em Cima da Hora e chegou a perder a perna direita em uma cirurgia, mas acabou morrendo.
Foram denunciados o presidente administrativo da escola, Flavio Azevedo da Silva, o presidente da LIGA-RJ, responsável pelos desfiles da Série Ouro, Wallace Alves Palhares, e outras seis pessoas envolvidas no trabalho de dispersão, incluindo o motorista do caminhão reboque.
De acordo com o MPRJ, as condutas dos denunciados, isoladas ou conjuntamente, resultaram na morte de Raquel.
A menina estava em cima da alegoria e foi imprensada no momento em que o carro alegórico abre-alas da escola se chocou com um poste. Com problemas técnicos no motor, o carro precisou de auxílio de um caminhão reboque para ser transportado da área de dispersão.
Segundo a denúncia, isso foi feito de maneira descuidada e em condições perigosas, uma vez que o carro não tinha condições ideais de utilização e nem apresentava o equipamento exigido para viabilizar seu reboque com segurança.
Ainda de acordo com a denúncia, o carro desfilou sem autorização prévia do Corpo de Bombeiros e não havia pessoas suficientes na área de dispersão aptas a orientar o condutor do reboque e escoltar a alegoria, nem fiscalização por parte da LIGA-RJ.
A reportagem tenta contato com a LigaRJ e a Escola de Samba Em Cima da Hora.