Dois dos três acusados pelo assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips serão julgados pelo júri popular.
A decisão foi tomada pelo Tribunal Regional Federal da Primeira Região, em Brasília, nesta terça-feira (17).
Os desembargadores rejeitaram os recursos de Amarildo da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima, que tentavam evitar o Tribunal do Júri.
As defesas alegavam nulidades no processo, como ocultação de provas e uso de testemunhas secretas, além de tortura contra Amarildo.
Também afirmavam legítima defesa e a não participação de Oseney na cena do crime.
Mas, o tribunal rejeitou essas alegações e só retirou as acusações contra Oseney por falta de provas, como explica o relator do caso, o desembargador Marcos Augusto de Sousa.
O entendimento deve permitir que Oseney seja solto nos próximos dias.
Dom Phillips e Bruno Pereira foram mortos numa emboscada no dia 05 de junho de 2022, durante uma expedição de barco ao Vale do Javari, no Amazonas.
Dom era colaborador do jornal britânico The Guardian. Ele cobria conflitos fundiários e a situação dos povos indígenas. Ele preparava um livro sobre a Amazônia.
E Bruno era servidor licenciado da Funai e atuava na defesa das causas da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari.
O motivo do assassinato estaria relacionado ao impacto que Bruno e Dom causavam nas operações de pesca ilegal na região.
Amarildo e Jerfferson estão presos preventivamente e vão responder pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver.