MPF pede que prefeituras informem medidas contra chegada de óleo em praias do RJ
As prefeituras de Cabo Frio, Búzios, Arraial do Cabo e Saquarema vão ter que prestar contas sobre as medidas que estão adotando para uma eventual chegada de óleo nas praias dessas cidades. O pedido foi feito pelo procurador da República Leandro Mitidieri, da Procuradoria de São Pedro da Aldeia.
Ele também solicitou ao Grupo de Acompanhamento e Avaliação do governo do estado, à Marinha e ao Ibama previsões em relação à possível chegada à Região dos Lagos da mancha que causou no Nordeste o maior desastre ambiental do país.
Além do litoral nordestino, o óleo chegou ao Espírito Santo. a preocupação do procurador é que o poder público defina medidas preventivas para contenção dos danos. Na avaliação do gestor ambiental Sérgio Ricardo Verde, além do dano à fauna, o óleo afeta diretamente a economia desses locais, que têm no turismo a sua principal fonte de arrecadação.
Em nota, a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade informa que os órgãos ambientais estão trabalhando em medidas preventivas. Uma dessas ações foi a capacitação de 80 pessoas, entre técnicos da Defesa Civil e do Inea, Instituto Estadual do Meio Ambiente, além de homens do Corpo de Bombeiros e do Exército, para lidar com um possível surgimento de óleo na costa fluminense.
O documento informa também que o Inea possui plano de contingência relacionado à presença de óleo nas praias para uma resposta em caso de necessidade. O plano encontra-se em fase de monitoramento desde o surgimento de manchas no Espírito Santo. 25 municípios costeiros do Rio de Janeiro foram capacitados, entre eles a capital.
Ainda segundo a nota, o Governo do Estado criou um grupo de trabalho especial para acompanhamento e vigilância na costa fluminense.