Fechado para visitação, Parque da Tijuca registra aumento da circulação de animais silvestres

Parque da Tijuca

Publicado em 01/05/2020 - 16:25 Por Tatiana Alves - Rio de Janeiro

Fechado pela pandemia desde 17 de março, o Parque Nacional da Tijuca, o maior em visitação do país, tem registrado um aumento de circulação de animais silvestres.

 

São cutias, jabutis-tinga, saracuras-do-brejo, quatis, esquilos, macacos-prego e até uma lagarta-gatinho, que passaram a explorar muito mais à vontade as áreas do parque.

 

Animais dessas sete espécies, todas nativas, têm circulado por estradas e pontos turísticos que, antes do isolamento social, ficavam lotados de visitantes. Para se ter ideia, entre meados de março e 29 de abril do ano passado, o Parque recebeu, em média, 8 mil visitantes por dia.

 

Funcionários que, pela natureza de seus cargos, eventualmente precisam se deslocar pelo parque, registaram em fotos e vídeos o movimento dos animais também em áreas como a Estrada da Cascatinha, que dá acesso à trilha do Pico da Tijuca; a Estrada das Paineiras, que é o caminho até o Cristo Redentor; e o Parque Lage.

 

O cenário mais tranquilo, de isolamento social favoreceu o aumento na circulação dos animais, como explica o chefe do Parque Nacional da Tijuca, André Mello.

 

Sonora: “A fauna do Parque se sente menos ameaçada com a ausência de pessoas e de barulho, que costuma ser provocado pela atividade humana. As cutias e saracuras, por exemplo, são mais tímidas e difíceis de visualizar andando calmamente. Como esses animais vivem em um parque que fica no meio de uma megalópole, a particularidade do atual cenário está no fato de que, antes do isolamento social, a livre movimentação acontecia apenas entre algumas espécies e em algumas faixas de horários, como no início da manhã ou início da noite.”

  

Ainda de acordo com André Mello, o fechamento do parque deu mais liberdade para as espécies.

 

Sonora: “Há segurança para mais animais e para a circulação em diferentes horários. Deixou de existir, pelo menos temporariamente, o conflito com as atividades humanas em estradas e locais com alta movimentação de turistas, o que trazia riscos como mortes por atropelamentos ou o consumo de alimentos cedidos por visitantes.”

 

Em busca da relação sustentável com a atividade humana, o chefe do Parque Nacional da Tijuca pontua que, quando o parque for reaberto, os visitantes deverão redobrar a atenção, em especial quanto ao limite de velocidade de circulação nas estradas que cortam o Parque.

 

André Mello argumenta que é importante que todos saibam como agir, respeitando a preservação da fauna e da flora do parque.

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