Na década dos oceanos, entidades alertam para preservação ambiental
Um simples papel de bala jogado na rua pode ser uma ameaça à vida dos animais marinhos. Com o descarte incorreto, o lixo chega até a água dos oceanos. E se a embalagem for de plástico, pode levar 400 anos para se decompor. Atitude que afeta os animais e também os seres humanos, explica a bióloga Janaína Bumbeer.
Sonora: Se 25% da proteína que a gente consome vem do oceano, e se a gente pensar que praticamente todo o peixe retirado, tem plástico dentro dele ou é afetado por alguma toxina, algum composto químico, isso nos afeta também de forma muito direta.”
A década dos oceanos instituída pela ONU, a Organização das Nações Unidas, segue até 2030, e algumas ações já vêm sendo realizadas para recuperar a biodiversidade marinha, como o trabalho da associação Marbrasil, que instala recifes artificiais no litoral do país. O coordenador do programa, Robin Loose, detalha como funciona esse projeto.
Sonora: “Então eles formam barreiras físicas contra a pesca de arrasto industrial, que a pesca mais destruidora pra o ambiente marinho, existente hoje em dia. O maior problema de todos hoje é a poluição, é o lixo marinho. Sem sombra de dúvidas. Seguido aí da pesca predatória.”
Preservar os recursos marinhos é importante para evitar que as espécies ameaçadas de extinção sobrevivam apenas em espaços como aquários. Além disso, pensar a conservação também garante desenvolvimento sustentável. Alexander Turra, da rede de especialistas em conservação da natureza, destaca o papel do setor.
Sonora: '' A diversidade do mar que tá aí a nossa disposição, pra nós produzirmos matérias, compostos, fármacos, que são importantes pra medicina, por exemplo, né. Nós temos um grande potencial e que nesta década ficará explícito para a sociedade que se ela poluir os oceanos, dará um tiro no pé”
Só no Brasil, a economia marítima, que vai desde a produção de petróleo à pesca e turismo, rende dois trilhões de reais todo ano, o que equivale a 19% do produto interno bruto do país.
Da Tv Brasil, Sarah Quines e Pablo Mundim