Vários municípios do Paraná sofrem com problemas de abastecimento por causa da pouca chuva no Estado.
Na Região Metropolitana de Curitiba, 14 municípios, incluindo a capital, convivem com o rodízio há mais de um ano. São 36 horas com água e 36 horas sem água.
A professora da Universidade da Federal do Paraná, Joanez Aires, reconhece que o racionamento prejudica as atividades diárias da casa, como lavar roupa e tomar banho; mas ela revela que pode ver a situação da severidade da falta de chuva durante uma viagem de carro até São Paulo. Segundo Joanez, foi possível perceber ume excesso de queimadas ao longo do caminho.
O impacto não fica apenas no abastecimento de água. O setor agropecuário também tem tido graves prejuízos com a falta de chuvas.
Segundo o presidente do Sindicato Rural Patronal de Cascavel, no oeste do Paraná, Paulo Orso, a seca afeta as culturas agrícolas. No ano passado, cerca de 25% da produção de soja foi perdida. Em 2021, aproximadamente 70% da segunda safra de milho se perdeu.
Outras cadeias produtivas do município, como leite e carne, também sofreram o impacto. Segundo ele, o custo da estiagem acaba sendo muito alto. Segundo ele o munício teve um prejuízo de mais de R$ 600 milhões.
Além da Região Metropolitana de Curitiba, outros municípios do Estado também estão com rodízio no abastecimento. São eles: Ibaiti, Jandaia do Sul, Jardim Alegre, Santo Antônio do Sudoeste e Pranchita.
Outros 13 municípios estão com alerta de nível crítico. Entre eles: Santo Antônio da Platina, Quatiguá, Siqueira Campos, Carlópolis, Jacarezinho e Goioerê.
No início de agosto, o governo do Paraná prorrogou por mais 90 dias a situação de emergência hídrica em todo o estado.