O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento assinaram nesta quarta-feira (23) um acordo de cooperação técnica para realização de estudo para incentivo à redução de emissões de carbono na produção de carne e leite bovinos no Brasil.
As emissões de dióxido de carbono - um dos gases responsáveis pelo efeito estufa - têm acelerado o aquecimento global, com reflexos diretos nas alterações do clima que levam a eventos climáticos extremos, como as tempestades.
No ano passado, o Ministério da Agriculta lançou a nova versão do Plano Setorial de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, chamado ABC+, com a meta de cortar a emissão de carbono em mais de 1 bilhão de toneladas até 2030. Isso representa multiplicar por sete o valor definido no plano original, cuja primeira etapa foi executada na última década.
A cooperação prevê a contratação pelo BNDES, com recursos próprios, da empresa que vai realizar o estudo. A expectativa é que ao final se obtenha um sistema padronizado para medir essas emissões de carbono, com um mapeamento de todo o ciclo de vida dos produtos.
Com o estudo pronto, o BNDES quer construir novos incentivos de apoio aos produtores para redução dos impactos da pecuária.
Durante cerimonia online de assinatura do acordo, o presidente do Banco, Gustavo Montesano, afirmou que esse é mais passo na corrida tecnológica para a economia verde do país.
A ministra da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, afirmou que a iniciativa vai dar tranquilidade aos produtores sobre como devem agir no processo de descarbonização da atividade.
O edital para contração da empresa que vai realizar o estudo está previsto para abril. Os interessados terão até junho para apresentar as propostas e a seleção será realizada em agosto. A perspectiva é que os resultados sejam conhecidos em um ano.