Árvores que ficam em áreas urbanas com prédios acima de cinco andares, na cidade de São Paulo, sofreram quedas duas vezes mais se comparadas as árvores de regiões com prédios menores. É o que revela uma pesquisa do Centro De Energia Nuclear na Agricultura da USP e o Instituto de Pesquisas Ambientais.
De acordo com um dos autores do estudo, Giuliano Locosselli, a construção de prédios grandes gera um fenômeno chamado de canyons urbanos que modifica a dinâmica da circulação de ar, de poluentes e na incidência do sol e que prejudica o desenvolvimento dessas árvores.
A pesquisa foi feita analisando dados públicos sobre a queda de mais de 26 mil árvores entre o período de 2013 a 2021. Giuliano Locosseli falou ainda que o planejamento urbano para fazer o plantio e manejo de árvores em áreas urbanas, aqui na capital paulista, deve levar em consideração a questão dos canyons urbanos e fala da possibilidade de se fazer plantio de árvores e espécies da mata atlântica mais adaptadas a canyons aqui na capital.
De acordo com estimativas da prefeitura de São Paulo, há na capital paulista mais de 650 mil árvores em áreas urbanas e o plano de metas da cidade de 2021 a 2024 é plantar mais de 45 mil árvores por ano para amenizar os efeitos do aquecimento global e as mudanças climáticas extremas.