A cidade de São Paulo vai renovar este ano a frota de ônibus do atual modelo a diesel para o elétrico, de baixa emissão de poluentes. A meta da prefeitura da capital é que em 2024, 20% da frota seja eletrificada, o que corresponde a quase 2600 veículos.
Agora em 2023, mais de 1000 ônibus elétricos devem ser colocados em circulação. O impulso para a renovação da frota foi dado pela prefeitura em outubro de 2022 com a proibição da compra de ônibus a diesel.
Essa medida à época, foi criticada pelas empresas de ônibus pelos altos custos que iam acarretar, no entanto o professor do Instituto Mauá de Tecnologia, Clayton Barcelos explica que as grandes cidades brasileiras adiaram por muito tempo a transição para energias mais limpas, o que levou a essa medida aparentemente tomada de forma abrupta.
De acordo com o Engenheiro Elétrico Thompson Lanzanova, para que o ônibus elétrico seja considerado realmente limpo, a fonte da energia usada para carregar as baterias do veículo também precisa ser de fonte renovável para não emitir gases de efeito estufa.
Ele explicou as vantagens dos ônibus elétricos para o meio ambiente.
Mas há algumas desvantagens nessa transição, uma delas é o alto custo de aquisição. Uma unidade de ônibus elétrico custa em média 2 milhões de reais, enquanto o ônibus a diesel custa cerca de 700 mil. Além disso, há a questão da baixa autonomia: com uma recarga de 3 a 4 horas, os modelos mais novos rodam no máximo 250 kilometros. Para o Engenheiro Elétrico Thompson Lanzanova, as cidades resolver essa questão com planejamento prévio e novas tecnologias.
O professor Clayton Barcelos, do Instituto Mauá de Tecnologia, também comentou que estimular a produção nacional de baterias é um desafio para que o próprio país possa produzir os principais componentes dos ônibus elétricos.
Procurado, o sindicato das empresas de transporte coletivo de São Paulo, a Spurbanuss enviou nota informando que tem disposição para colaborar com as empresas operadoras e que irá cumprir todas as exigências da prefeitura.