Chip pode substituir laboratório no diagnóstico de doenças
Imagine um laboratório de exames clínicos. Se você pensou em bancadas com microscópios, tubos de ensaio, reagentes químicos e amostras de sangue ou outros fluidos, sim, é mais ou menos assim um laboratório dedicado a fazer diagnósticos de saúde.
Ou, pelo menos, era assim. Com o desenvolvimento da nanotecnologia, um laboratório inteiro desses pode ser substituído por um equipamento que pesa cerca de 100 gramas e é mais ou menos do tamanho de um telefone celular. São os “lab on a chip”, o que em português significa “laboratório em um chip”.
O diferencial da tecnologia está nos chips turbinados com biossensores eletroquímicos, aptos a fazer a leitura de materiais como sangue ou saliva e detectar vários tipos de doenças.
Uma tecnologia que já é usada em vários países e agora está perto de contar com uma versão brasileira.
Pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais, estão desenvolvendo um desses aparelhos que, acoplado a um telefone celular, consegue fazer diagnósticos de doenças infecciosas ou crônicas.
Pode até parecer mágica, mas o coordenador da pesquisa, o professor Luiz Ricardo Goulart Filho, explica a ciência que está por trás.
Ele também explica que para o diagnóstico de Covid, por exemplo, basta uma gotinha de saliva e o resultado saí em cerca de 1 minuto. E para fazer novos exames basta trocar o chip, que vai ler as ondas magnéticas. Para Luiz Ricardo, isso vai revolucionar o diagnóstico de doenças.
Por enquanto o equipamento está em fase de testes, e os primeiros protótipos estão sendo produzidos para que o pedido de registro do equipamento seja encaminhado para a Anvisa. A previsão é de que isso aconteça ainda esse ano. Já a produção em escala e a comercialização da tecnologia depende da indústria e ainda não tem prazo definido.