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Brasileiro descobre corpo celeste que pode ser um novo planeta

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Pedro Peduzzi - repórter da Agência Brasil
01/03/2024 - 08:00
Brasília
Brasília (DF) 29/02/2024 - Nem com espaçonave, nem com telescópio. Foi com a matemática que Patryk Sofia Lykawka, um pesquisador brasileiro que há mais de 20 anos vive no Japão, foi até os confins do Sistema Solar e descobriu um corpo celeste com grandes possibilidades de ser um novo planeta orbitando ao redor do Sol.

Foto: Patryk Sofia Lykawka/Arquivo Pessoal
© Patryk Sofia Lykawka/Arquivo Pessoal

Nem com espaçonave, nem com telescópio. Foi com a matemática que Patryk Sofia Lykawka, um pesquisador brasileiro que há mais de 20 anos vive no Japão, foi até os confins do Sistema Solar e descobriu um corpo celeste com grandes possibilidades de ser um novo planeta.

Patryk falou à Agência Brasil sobre a pesquisa que desenvolveu na Universidade japonesa de Kindai e também sobre o fascínio pela astronomia, que o acompanha desde A infância.

“Desde os primórdios da humanidade, todos temos curiosidade em tentar entender os fenômenos que acontecem ao nosso redor. E também tentar buscar respostas para questões fundamentais, tipo a origem da vida, quando, como e onde a Terra se formou e por ai vai. São várias questões interessantes dentro da astronomia que motivam não só profissionais, mas todo mundo. Todos queremos entender o que está acontecendo ao redor da natureza”, acredita.

O pesquisador contou também que a descoberta teve a ajuda de um colega do Observatório Astronômico Nacional do Japão, Takashi Ito.

Patryk é o responsável pelo estudo que levantou a hipótese de haver um nono planeta no Sistema Solar.

Após a reclassificação de Plutão – que deixou de ser planeta e passou a ser um planeta anão – o Sistema Solar passou a contabilizar apenas oito planetas: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

Além de planetas, existem também outros objetos no sistema solar. Tais como asteroides, cometas, meteoroides e luas.

“Entre as órbitas de Marte e Júpiter existe um cinturão de asteroides, onde se concentra a maioria dos asteroides. Além da órbita de Netuno, existe outro cinturão chamado Cinturão de Kuiper. Nessa região, existem muitos objetos que são chamados de objetos transnetunianos. Um deles é Plutão”, explicou o astrônomo.

Para se ter uma ideia de distâncias deste ainda hipotético planeta dentro do Sistema Solar, é necessário entender que a medição adotada pelos cientistas é a de Unidade Astronômica. Cada unidade dessa corresponde à distância média entre o Sol e a Terra, ou cerca de 150 milhões de quilômetros.

“A distância do Sol até Júpiter é de cerca de cinco unidades astronômicas. A distância até Plutão, praticamente 40 unidades astronômicas. No estudo, analisei algumas populações de objetos transnetunianos, a uma distância superior a 50 unidades astronômicas, em uma região mais distante que eu chamo de Cinturão de Kuiper Distante”, detalha o pesquisador.

Segundo Patrik, ainda não é possível definir um valor fixo para a massa nem para a órbita do possível novo planeta.

A expectativa é de que a confirmação da existência do novo planeta seja feita futuramente pelo Observatório Vera Rubin, que está sendo construído no Chile e contará com a maior câmera digital do mundo. O Vera Rubin deve começar a operar no próximo ano.

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