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Política

Especialistas debatem raízes da crise hídrica e medidas adotadas

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Priscilla Mazenotti
02/02/2015 - 07:58
Brasília

Racionamento de cinco dias por semana em São Paulo, multa para o consumo acima da média em Minas Gerais, apelo para as grandes empresas usarem outras fontes de captação de água no Rio de Janeiro. As medidas são urgentes para tentar controlar a crise hídrica vivida pelo país. Mas, o que está acontecendo com o nosso abastecimento de água?

 

A estiagem é apontada como a principal responsável pela crise da água em boa parte do país, mas a especialista em gestão de recursos hídricos, sustentabilidade e meio ambiente, Marússia Uêiteli, o problema também é de gestão. E aponta questões como a falta de recuperação das áreas de preservação permanente e da vegetação em torno das represas. Marússia alerta, ainda, que o desperdício agrava a crise. Em São Paulo, as perdas com tubulações velhas e vazamentos não consertados chegam a 30%.

 

SONORA

 

E a falta de chuvas afeta outro serviço básico: o de energia. Se não tem água, as hidrelétricas não têm como funcionar. O resultado é o abastecimento por meio de termelétricas, que são mais poluidoras, e até a importação de energia de países vizinhos como a Argentina.

 

O professor de Engenharia Elétrica da Universidade de Brasília, Mauro Severino, diz que o erro é não apostar em fontes alternativas.

 

SONORA

 

Especialistas dizem que 2015 será um ano com chuvas na média ou abaixo da média. As ações para reduzir o consumo e conscientizar a população devem ser rápidas. É o que alerta o professor do departamento de geologia da Universidade de Brasília, Geraldo Rezende.

 

 

SONORA

 

O governo federal garantiu ajuda aos estados afetados. Serão destinados recursos para as obras de ampliação do Sistema Rio Manso, que abastece Minas Gerais, e para a ligação do Rio Paraíba do Sul ao Sistema Cantareira, em São Paulo. No Rio, serão feitos estudos para a captação da água por reuso e por dessalinização.

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