A CPI do HSBC terá como presidente o senador petista Paulo Rocha e como relator o peemedebista Ricardo Ferraço. Na reunião de instalação, foram definidos alguns direcionamentos para as investigações. Serão pedidas reuniões com o procurador-geral da República para avaliar o que se tem sobre o caso até agora e também audiências públicas com os jornalistas brasileiros que primeiro divulgaram o caso.
A CPI pretende investigar denúncia de que a filial do banco HSBC na Suíça ajudou clientes a esconder recursos que seriam ilícitos, além de ter permitido a sonegação fiscal. São mais de 100 mil clientes de 203 países. Estão na lista 8,7 mil brasileiros. Entre eles, artistas, doleiros e políticos.
O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues, do PSOL, lembrou que não é ilegal ter conta no exterior. Desde que o correntista declare os valores à Receita Federal e informe ao Banco Central a existência da conta. Randolfe Rodrigues disse, ainda, que o objetivo da CPI não é promover uma caça às bruxas.
Sonora
Apelidado de Swiss Leaks, o caso do HSBC veio a público depois que um ex-técnico do banco divulgou as informações sobre os clientes que mantiveram contas no banco no período de 2006 e 2007. A movimentação bancária seria de US$ 7 bilhões. De brasileiros, seriam mais de R$ 20 bilhões movimentados no período.