A Justiça condenou o ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, e o ex-consultor da Toyo Setal, Julio Camargo pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Eles foram condenados em uma das ações penais consequentes da Operação Lava Jato que investigou contratos de pagamento de propina na compra de navios-sondas pela estatal.
Cerveró foi condenado a doze anos de prisão, além de multa. Já Fernando Baiano, teve a pena fixada em 16 anos e multa e Julio Camargo, 14 anos e multa.
De acordo com a sentença do juiz Sérgio Moro, eles simularam operações de consultoria para lavar dinheiro e usaram contas secretas para movimentar e esconder o crime.
Sérgio Moro destacou na sentença que Julio Camargo prestou informações importantes no acordo de delação premiada e, por isso, deve cumprir pena em regime aberto por cinco anos, o que inclui a prestação de 30 horas por mês de serviços comunitários.
Alberto Yousseff, que também era réu nessa ação, foi absolvido por falta de provas. Ele foi denunciado pelo Ministério Público pelo crime de lavagem de dinheiro, mas, segundo o juiz, as operações confessadas por Yousseff não estão descritas na denúncia, o que impede condenar o doleiro, já que acusação e sentença não estão relacionadas.