A Justiça negou habeas corpus em favor da prefeita de Bom Jardim (MA), Lidiane Leite. A defesa dela moveu a ação nessa terça-feira (25), no Superior Tribunal de Justiça (STJ), pedindo a revogação da prisão preventiva decretada contra a prefeita há uma semana.
Lidiane é investigada pela Polícia Federal acusada de cometer supostas fraudes em licitações e desvio de recursos da educação no município.
A polícia também apura transferências frequentes da prefeitura para a conta de Lidiane.
O advogado de defesa da prefeita, Carlos Sérgio Barros, acreditava na revogação da prisão. Segundo ele, Lidiane não está foragida, mas ainda não decidiu se vai se apresentar à Justiça.
Sonora: "Como é que uma pessoa pode ser presa por causa de coisa que sair em whatsapp e facebook? Não há nenhum depoimento e documento que diga que Lidiane participou pessoalmente desses atos que estão sendo objetos de investigação. Ela não está foragida."
O caso de Bom Jardim ganhou repercussão nas redes sociais, onde Lidiane passou a ser tratada de “prefeita ostentação”. Ela publicava fotos e mensagens expondo uma suposta condição financeira privilegiada.
A vice-prefeita Malrinete Gralhada recorreu à Justiça para assumir a administração do município. A ação corre no Fórum da cidade, a 270 quilômetros de São Luís. Malrinete diz que a situação em Bom Jardim é crítica.
Sonora: "O município hoje não tem prefeito, está em estado de abandono, está um caos; inclusive eu como vice-prefeita estou com dois meses de salário atrasado. Tem vários funcionários da saúde que não estão recebendo há dois meses também; não tem merenda nas escolas; as escolas continuam precárias e eu estou preocupada com a situação do nosso município."
Lidiane Leite foi eleita em 2012 aos 22 anos de idade. E, de acordo com o Ministério Publico do Maranhão, já foi alvo de quatro ações civis públicas por improbidade administrativa.