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Política

Janot defende Lava Jato na abertura do ano judiciário

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Victor Ribeiro
02/02/2016 - 10:14
Brasília

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, abriu, nessa segunda-feira (1º), o ano Judiciário. No discurso, ele informou que hoje tramitam na Justiça mais de 100 milhões de processos e anunciou inovações para acelerar o trabalho dos juízes.


Uma delas é a adoção do processo eletrônico. Outra é levar para cidades do interior o sistema de audiências de custódia, que já funciona em todas as capitais e prevê que quando uma pessoa for presa deve ser julgada em até 24 horas. A medida tem por objetivo reduzir a população carcerária.


O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Coelho, comemorou as novidades e declarou apoio da entidade às audiências de custódia.


O terceiro a falar foi o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Ele fez um balanço da Operação Lava Jato, que completa dois anos no mês que vem.


Mas o discurso de Janot chamou atenção mesmo porque ao saudar as autoridades presentes, ele não cumprimentou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que estava sentado bem ao lado do procurador-geral.


Em 2015, a Procuradoria propôs ao Supremo dois inquéritos contra Cunha para investigar se o deputado participou do esquema de corrupção revelado pela Operação Lava Jato.


No fim do ano passado, Janot chegou a pedir que o Supremo o afastamento de Eduardo Cunha do mandato parlamentar. A decisão do STF deve ser tomada nos próximos dias.


A primeira sessão do ano, no Supremo, será na tarde desta terça-feira (2). Na pauta estão um processo contra o senador Roberto Requião, do PMDB, por difamação, e outro contra o deputado Roberto Góes, do PDT, por crime de responsabilidade.

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