No Recife também houve manifestação contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Como em outras cidades, o ato foi convocado pela Frente Brasil Popular.
Os manifestantes percorreram as ruas do centro da cidade. Com cartazes, as pessoas pediam a saída dos cargos do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, e do vice-presidente Michel Temer.
Categorias profissionais também apresentaram manifestos no protesto. Uma delas foi a de atores pernambucanos, representados por Manoel Constantino, ator e diretor de teatro.
A juventude também estava presente. Alunos da Escola Porto Digital, do estado, foram em grupo para a manifestação. Arthur Cordeiro, de 16 anos, defendeu que não existe base para o impeachment.
Sem combinar previamente, os estudantes encontraram alguns de seus professores na manifestação, como Laércio Nunes, que leciona matemática. O professor também defendeu o atual governo.
A melhoria de vida da população pobre também foi o argumento usado pelo aposentado Amaro Lino Cavalcante, de 79 anos, que sempre participa de passeatas, embora não seja filiado a partidos ou movimentos sociais.
Entre os manifestantes estavam também socialistas e comunistas, tanto de organizações da oposição como da base do governo. O presidente municipal do PCdoB, Partido Comunista do Brasil, José Antônio Bertotti, afirmou que o protesto pretende chamar a atenção do Congresso Nacional para o respeito à escolha do povo nas eleições.
Além do Recife, cidades do interior de Pernambuco também receberam atos contra o impeachment, como Caruaru, Petrolina, Tabira, Floresta e Passira, além de Garanhuns, região onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nasceu.