O presidente interino, Michel Temer, exonerou o ministro do Planejamento, Romero Jucá. O decreto está publicado hoje no Diário Oficial da União. Agora, ele volta a exercer o cargo de senador pelo estado de Roraima. Nessa segunda-feira, ele se licenciou do cargo. Mas antes disso, havia anunciado que não pretendia deixar a pasta.
A decisão foi tomada devido à pressão que o governo Temer sentiu após a divulgação de uma reportagem do jornal Folha de São Paulo. A matéria divulgou um diálogo entre Jucá e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, onde o ministro teria sugerido que uma mudança no governo resultaria num pacto para estancar a sangria representada pela Operação Lava Jato.
Mas, em entrevista coletiva, Jucá enfatizou que a conversa foi divulgada fora do contexto. Ele disse que a expressão “estancar a sangria” se referia ao contexto da economia, que era preciso resolver a crise financeira do país. Na entrevista, ele afirmou que não há demérito em ser investigado. O problema, segundo ele, é ser condenado. Jucá é alvo de inquéritos no Supremo Tribunal Federal no âmbito da Lava Jato.
Em nota, Michel Temer agradeceu o trabalho desempenhado por Jucá à frente do Planejamento. E, em coletiva de imprensa sobre o pacote econômico, o ministro da Secretaria de Governo Gedel Vieira Lima foi questionado sobre a situação de Jucá no governo:
Sonora: "Em relação ao ministro Jucá, ele volta para o Senado, onde ele sempre teve um desempenho absolutamente reconhecido por todos como líder de governo, como relator de matérias importantes, e continuará a fazer com que os temas tramitem no Congreso Nacional, no Senado, na Câmara, com a celeridade que precisam."
Com a saída de Romero Jucá, quem assume o Ministério do Planejamento interinamente é Dyogo Oliveira, que era secretário-executivo da pasta.