Durou quase 6 horas a sessão da Comissão Especial do Impeachment do Senado nessa terça-feira. Os senadores ouviram duas testemunhas indicadas pela defesa da presidenta afastada Dilma Rousseff.
O primeiro a falar foi o ex-secretário adjunto da Casa Civil, Gilson Bittencourt. Durante as quatro horas de depoimento, ele afirmou que o atraso nos repasses do Plano Safra – que ficaram conhecidos como pedaladas fiscais – não configurou operação de crédito.
Ainda de acordo com Gilson Bittencourt, o repasse do Plano Safra foi feito de acordo com as regras definidas pelo Banco Central e devidamente quitado no fim do ano passado. Por isso, segundo a testemunha, Dilma Rousseff respeitou a Lei de Responsabilidade Fiscal e não cometeu crime de responsabilidade.
Em seguida, o ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, André Nassar, informou que o atraso nesses repasses garantiram a continuidade da política de crédito para a agricultura.
O ex-presidente do BNDES, Luciano Coutinho, deveria ter sido ouvido, mas foi dispensado pela própria defesa.
E também nessa terça-feira, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, negou um recurso apresentado pelos advogados de acusação, Miguel Reale Júnior e Janaina Paschoal. Eles queriam cancelar a decisão da Comissão Especial do Impeachment que estabeleceu o prazo de 24 horas para que a defesa de Dilma Rousseff substituísse testemunhas previamente convocadas.
* Matéria atualizada às 22h14 para complementação de informações.