A OAB, Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal, quer a quebra de sigilo do inquérito da Operação Drácon, que investiga um suposto esquema de cobrança de propina na saúde envolvendo deputados distritais.
De acordo com áudios divulgados pela deputada Liliane Roriz, ex-vice presidente da Casa, os investigados teriam participado de um suposto esquema que destinava R$ 30 milhões das sobras orçamentárias de 2015 a empresas que prestam serviços à Secretaria de Saúde do DF responsáveis pela gestão de UTIs, Unidades de Terapia Intensiva.
Além da presidente afastada, Celina Leão, são investigados pela operação os parlamentares que faziam parte da Mesa Diretora: deputado Raimundo Ribeiro; Júlio César Ribeiro; bispo Renato Andrade; e o deputado Cristiano Araújo, que não fazia parte da mesa.
No pedido, o presidente da OAB-DF, Juliano Costa Couto, justifica o requerimento de quebra de sigilo alegando que os investigados ocupavam os mais altos cargos da Câmara, e que o dinheiro público utilizado no suposto esquema deveria ser empregado em prol da população, na melhoria da saúde e do atendimento hospitalar.
Ele diz ainda que “é direito da sociedade ter acesso pleno aos fatos em apuração”.