Delatores da construtora Odebrecht afirmam que o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, do PMDB, recebeu pagamentos indevidos e o dinheiro foi entregue pessoalmente e em contas no exterior.
O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin enviou a investigação que envolve o Pezão para o Superior Tribunal de Justiça, que é o órgão responsável por julgar os chefes dos governos estaduais.
Na decisão, o ministro afirma que os executivos da construtora Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Leandro Andrade Azevedo relataram pagamento indevido a Pezão pela equipe de Hilberto Silva, também da Odebrecht.
Em nota, o governador Pezão reafirmou que nunca recebeu recursos ilícitos e jamais teve conta no exterior. As doações de campanha foram feitas de acordo com a Justiça Eleitoral.
O ex-prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB-RJ) também foi citado na lista divulgada pelo ministro Fachin. Paes chamou de absurda e mentirosa a acusação de que teria recebido vantagens indevidas por obras relacionadas aos Jogos Olímpicos.
O ex-prefeito também afirmou que nunca teve contas no exterior e que os recursos recebidos em sua campanha de reeleição foram devidamente declarados à Justiça Eleitoral.
Segundo os delatores, o dinheiro saiu do departamento de propinas da Odebretch endereçado à “Nervosinho”, suposto apelido de Eduardo Paes nas planilhas da empreiteira.
* Matéria atualizada às 19h57 para complementação de informações.