A Controladoria-Geral do Distrito Federal encaminhou os relatórios com aberturas de sindicância contra os citados na Lava Jato ao Tribunal de Contas, ao Ministério Público do Distrito Federal e ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
O prazo para conclusão do processo é de 90 dias, a partir da publicação no Diário Oficial local. Inicialmente, as punições são no âmbito administrativo e preveem multas e demissões. O secretário da Casa Civil, Sérgio Sampaio, destaca que as investigações serão aprofundadas.
As delações apontaram irregularidades nas obras do BRTSul, Jardins Mangueiral, Centro Administrativo de Brasília e Estádio Mané Garrincha. Ainda não existe um valor definido dos prejuízos causados aos cofres públicos.
O levantamento será feito separadamente, de acordo com cada obra. Os suspeitos responderão solidariamente por todos os gastos.
O controlador do Distrito Federal, Henrique Ziller, acredita que o prejuízo causado não vai ser recuperado.
As empresas envolvidas poderão pagar multa, além de serem consideradas inidôneas, quando não possuem as condições exigidas para executar certos cargos. Essa classificação impede a participação em licitações e contratação dessas fornecedoras pelo poder público.
Neste primeiro momento, a comissão se baseou apenas nos nomes citados nas delações. São eles: o ex-secretário de Obras, Márcio Machado; o ex-governador José Roberto Arruda; o ex-vice-governador Tadeu Filippelli; o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico Hermano Gonçalves de Souza Carvalho; o ex-governador Agnelo Queiroz e o ex-secretário de Habitação Geraldo Magela.