O Ministério Público Federal apresentou denúncia contra o ex-sócio de Adriana Ancelmo, o também advogado Thiago Aragão por obstrução à Justiça.
De acordo com o órgão, Aragão forjou documentos e constrangeu um colaborador das investigações. A denúncia é um desdobramento das operações Calicute e Eficiência que culminaram na prisão do ex-governador Sérgio Cabral e da ex-primeira dama Adriana Anselmo, que atualmente cumpre prisão domiciliar e do próprio Thiago Aragão.
O MPF está investigando o uso de um restaurante que pertence a um concunhado de Thiago Aragão para lavar dinheiro de propina recebido pela quadrilha liderada por Cabral .
De acordo com informações passadas por este empresário em uma delação premiada, o restaurante simulava a contratação da firma de advocacia de Thiago Aragão e Adriano Anselmo, o que ajudava a disfarçar quantias ilegais recebidas pelos sócios.
Em troca, o escritório ajudou o restaurante a driblar obrigações tributárias e trabalhistas, no entanto, o dono do restaurante alega que não sabia que o esquema estava encobrindo visava lavar o dinheiro obtido pelo grupo com propinas.
O MPF afirma que após a prisão de Sérgio Cabral ocorrida em novembro do ano passado, Thiago Aragão tentou influenciar seu concunhado para combinar as versões que seriam passadas à Justiça e omitir fatos, além de produzir documentos falsos para sustentar esses testemunhos.