O ex-ministro Geddel Vieira Lima chegou no começo da madrugada à Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. De lá, deve seguir para o presídio da Papuda. Geddel foi preso pela Polícia Federal nessa segunda-feira, na Bahia.
A prisão tem caráter preventivo e foi ordenada pelo juiz da 10ª Vara Federal no Distrito Federal, Vallisney Oliveira. O pedido de prisão de Geddel foi feito pela força-tarefa das operações Greenfield, Sépsis e Cui Bono.
A partir das informações do doleiro Lúcio Funaro, do empresário Joesley Batista e do diretor Jurídico do Grupo J&F, Francisco de Assis e Silva, a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) concluíram que Geddel tem agido para evitar que o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), e o próprio Lúcio Funaro firmem acordo de colaboração premiada com o MPF.
O Ministério Público afirma, ainda, que o esquema envolve o pagamento de vantagens indevidas.
Geddel Vieira Lima foi ministro de Governo do presidente Michel Temer e entregou o cargo após o então ministro da Cultura, Marcelo Calero, pedir demissão ao se dizer pressionado por Geddel.
Agora, são cinco os presos preventivos nas investigações da Operação Cui Bono. Já estão detidos os ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves, os dois do PMDB; o doleiro Lúcio Funaro e o sócio dele André Luiz de Souza.
Todos são apontados como integrantes de uma organização criminosa que agiu dentro da Caixa Econômica Federal.
Em nota, a defesa do ex-ministro definiu como absolutamente desnecessário o decreto de prisão preventiva. Definiu como um erro a decisão de prender o político e apontou a ausência de relevantes informações.
* Matéria atualizada às 9h16 de 04/07/2017 para acréscimo de informações.