O presidente Michel Temer decretou, nesta quarta-feira, a extinção da Reserva Nacional de Cobre, localizada nos estados do Pará e Amapá.
O decreto libera uma área de quase 4 milhões de hectares para atividade de mineração, principalmente de ouro, ferro e manganês.
Ainda não há detalhes sobre como será feita a exploração minerária na região. O texto publicado na imprensa oficial ressalta que a extinção da reserva não afasta a aplicação de legislação sobre proteção da vegetação nativa, unidades de conservação, terras indígenas e áreas em faixa de fronteira.
70% da reserva é formada por sete áreas de conservação e duas áreas indígenas, o que preocupa entidades ambientalistas, como explica a coordenadora do núcleo de ciências da WWF Brasil, Mariana Napolitano.
A reserva foi criada em 1984 por meio de decreto e a determinação era de que somente a Companhia Brasileira de Recursos Minerais, ou empresas autorizadas por ela, poderiam realizar a extração de minérios na área, fato que nunca saiu do papel.
A reportagem solicitou ao Ministério de Minas e Energia mais informações sobre a medida, mas não recebemos o retorno.