MP apresenta nova denúncia contra Joesley Batista e mais cinco pessoas

Delação Premiada

Publicado em 16/05/2018 - 19:12 Por Lucas Pordeus León - Brasília

A Procuradoria da República da Primeira Região, sediada em Brasília,  apresentou uma nova denúncia contra os ex-executivos do grupo J&F Joesley Batista e Francisico de Assis e Silva, por corrupção ativa, violação de sigilo funcional, embaraço às investigações e lavagem de dinheiro.

 

Foram denunciados também o procurador da República Ângelo Goullart Vilella, o presidente da OAB do Distrito Federal, Juliano Costa Couto, o advogado Willer Tomaz e o publicitário André Gustavo Vieira.

 

A denúncia foi apresentada sob sigilo e tramita no Tribunal Regional Federal, com sede em Brasília, sob a relatoria da desembargadora Mônica Sifuentes.

 

O Ministério Público acusa os ex-executivos de pagarem R$ 50 mil mensais ao procurador Goulart para receber informações sigilosas de investigações contra os empresários. Os demais acusados teriam participado do esquema como intermediários, dividindo a suposta propina.

 

Os crimes foram descritos pelo próprio Joesley e por Francisco de Assis em suas delações premiadas. No acordo, a procuradoria-geral havia se comprometido a não os denunciar, mas o órgão não cumpriu o acordado por entender que os delatores ocultaram informações importantes.

 

A Procuradoria-Geral pediu a rescisão do acordo ao Supremo Tribunal Federal. Mas o relator do caso, ministro Edson Fachin, ainda não avaliou o pedido. Em tese, o acordo ainda estaria em vigor.

 

Por meio de nota, a defesa de Joesley disse não ter tido acesso à denúncia, e se confirmada, seria um grave desrespeito à lei e às cláusulas do acordo de colaboração premiada, que prevê a não denúncia.

 

A defesa do procurador Ângelo Goulart negou com veemência o envolvimento dele em qualquer ato ilícito. Em nota, a defesa diz confia que a Justiça rejeitará essa acusação requentada, infundada e incoerente.

 

Também em nota, o advogado Willer Tomaz disse “não haver qualquer prova” de ato ilícito cometido por ele e que o Ministério Público escolhe ao bel-prazer o que lhe interessa, tomando alguns trechos dos depoimentos como verdade absoluta e outros como a mais absurda das mentiras.

 

Também por meio de nota, o presidente da OAB do Distrito Federal, Juliano Costa Couto, manifestou “surpresa” com a denúncia, afirmando não “ter cometido nenhuma ilegalidade”. Disse também estar indignado por não ter sido intimado a prestar esclarecimentos.


A reportagem não conseguiu contato com as defesas dos demais denunciados.

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