Defesa de Lula apresenta alegações finais e pede anulação de segundo processo na Lava Jato
A defesa do ex-presidente Lula apresentou as alegações finais do processo em que o político é acusado de receber um terreno para o Instituto Lula e um apartamento em São Bernardo do Campo em troca de oito contratos firmados entre a Petrobras e a Odebrecht.
No documento, a defesa pede a anulação do processo e argumenta que Lula é vítima de lawfare, que é o abuso das leis e da Justiça para praticar perseguição política. O advogado Cristiano Zanin ressalta que a 13º Vara Federal de Curitiba não tem competência para julgar o caso, pois não haveria, segundo ele, um fiapo de prova, de que Lula teria sido beneficiado com recursos da Petrobras. E que o Ministério Público Federal teria escolhido a Vara da Lava Jato pela disposição do juiz Sérgio Moro em condenar o ex-presidente, na avaliação da defesa.
Na peça entregue, a defesa diz que não é possível ter um julgamento imparcial, justo e independente porque Moro impediu a participação de Lula nas eleições e agora negocia com o presidente eleito Jair Bolsonaro a participação no novo governo, o que reforçaria a imparcialidade do julgador. Com a indicação de Moro para o Ministério da Justiça do governo Bolsonaro, outro juiz deve assunir o cargo.
Zanin também sustenta que o Ministério Público não conseguiu superar a prova que o Instituto Lula jamais solicitou ou recebeu o imóvel citado, onde funciona uma concessionária de automóveis que teria comprado o terreno da Odebrecht. O argumento da defesa é que, no caso do apartamento em São Bernardo do Campo, há recibos que provam que o imóvel era alugado pelo ex-presidente.
As alegações finais são os últimos argumentos que a defesa e a acusação usam para tentar convencer o juiz. O ex-presidente Lula já foi condenado em outro processo ligado à Lava Jato, a do triplex no Guarujá, e ainda responde a mais um, a do sítio em Atibaia.
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