O italiano Cesare Battisti pode ser preso a qualquer momento. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux determinou a prisão do italiano Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália.
A decisão de Fux poderá facilitar a decisão do presidente eleito, Jair Bolsonaro, de extraditar Battisti para a Itália. No mês passado, Bolsonaro disse que fará “tudo o que for legal” para extraditá-lo.
O governo italiano pediu a extradição de Battisti, que foi aceita pelo STF. Mas no último dia de mandato, em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que Battisti deveria ficar no Brasil, e o ato foi confirmado pelo STF.
Recentemente, a extradição de Battisti voltou a ser cogitada. Em novembro, após a divulgação de notícias sobre a possibilidade de se confirmar a extradição no futuro governo, Battisti negou que tenha intenção de fugir de São Paulo, onde vive atualmente.
Em outubro do ano passado, o italiano foi preso na cidade de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, perto da fronteira do Brasil com a Bolívia, quando tentava sair do país com cerca de R$ 25 mil em moeda estrangeira. A prisão foi substituída por medidas cautelares.
Cesare Battisti tem 63 anos e foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro homicídios na década de 70, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo. Atualmente, vive em São Paulo e se declara inocente dos crimes.
Ele passou 30 anos como fugitivo entre o México e a França e, em 2004, veio para o Brasil, onde permaneceu escondido durante três anos, até ser detido em 2007.