Nas redes sociais, Bolsonaro fala sobre caso Coaf, Acordo de Paris e licenciamento ambiental
Após algumas semanas sem fazer vídeos ao vivo nas redes sociais, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, falou, nessa quarta-feira (12), por cerca de 16 minutos a seus seguidores.
Bolsonaro criticou mais uma vez o que ele chama de indústria das multas abusivas de órgãos ambientais e as dificuldades para se obter um licenciamento ambiental.
Sonora: “Essa questão de licença ambiental atrapalha quando se quer um prefeito, um governador, um presidente quer fazer uma obra de infraestrutura, uma estrada, por exemplo, são problemas infindáveis. Isso acontece muito na região Amazônica, BRs nossas lá tem dificuldades até de fazer manutenção das mesmas por questão de falta de licença ambiental. Nós vamos botar um ponto final nisso, vamos cumprir a lei e repito, caso tenhamos que mudar a lei, vamos propor para o parlamento de forma democrática votar projetos, transformar em lei para que a política ambiental não atrapalhe o desenvolvimento do Brasil”.
Bolsonaro também afirmou que pode sair do Acordo de Paris por não ter condições de cumprir as exigências do acordo e correr o risco de sofrer sanções. Segundo ele, permanecer no acordo tal como ele está hoje pode ser danoso à soberania brasileira.
Outro assunto criticado foi o Pacto Global de Migração. De acordo com o presidente eleito, nós somos uma nação feita por migrantes, mas não podemos escancarar as portas do país para todo mundo.
Depois, por cinco minutos, Bolsonaro falou sobre Roraima. Abordou assuntos como as riquezas do Estado, demarcações de terras indígenas, hidrelétricas e intervenção federal.
Sonora: “Não tinha que receber dinheiro da União, tinha que talvez até que mandar dinheiro para a União, que lá tem tudo. Inclusive quem estuda química no subsolo de Roraima, na terra, existe lá uma tabela periódica lá, tem tudo. É ictio, é urânio, é ouro, é bauxita, alumínio, nióbio. Agora, Roraima tem que poder trabalhar sua terra e sem licenças ambientais. Sem você resolver o problema indígena também, que interessa para o próprio índio, estamos condenado a exatamente a chegar a lugar nenhum”.
Para finalizar, o presidente eleito comentou o caso do ex-assessor do filho, o senador eleito Flávio Bolsonaro.
Sonora: “Eu deixo bem claro que eu não sou investigado, o meu filho Flávio Bolsonaro não é investigado e pelo que me consta esse ex-assessor nosso será ouvido pela Justiça a semana que vem. Agora, se algo estiver errado, comigo, com o meu filho ou com o Queiroz que paguemos aí a conta deste erro que nós não podemos comungar com o erro de ninguém”.
De acordo com Bolsonaro, a partir da próxima semana, as transmissões ao vivo serão feitas uma vez por semana para prestar contas à sociedade.