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Política

Sérgio Cabral tem pena aumentada em segunda instância em processo da Operação Calicute

Operação Calicute
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Ícaro Matos
05/12/2018 - 13:08
Rio de Janeiro

A Primeira Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região confirmou a condenação e aumentou a pena aplicada ao ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral no processo da Operação Calicute.  Esta foi a primeira ação da força tarefa da Lava Jato no Rio julgada em segunda instância.

 

Cabral teve a pena atribuída em primeira instância aumentada em sete meses e foi sentenciado a 45 anos e 9 meses de prisão em regime fechado. Com isso, a soma das penas das nove condenações de Cabral na Lava Jato chegou a 198 anos e 6 meses de prisão.

 

Além de Cabral, outros 10 réus no processo também foram julgados nessa terça-feira (4), entre eles, a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo. Ela também teve a condenação mantida, mas sua pena foi diminuída de 18 anos e 3 meses para 12 anos e 11 meses.

 

O Ministério Público Federal informou que vai entrar com recurso contra a redução da pena de Adriana Ancelmo.

 

Também tiveram a condenação mantida o ex-secretário de Governo na gestão Cabral,  Wilson Carlos, que foi sentenciado a 18 anos e um mês de prisão; e Hudson Braga, que atuou na Secretaria de Obras e pegou pena de 18 anos e quatro meses. 

 

Os ex-assessores de Cabral Wagner Jordão, Luiz Carlos Bezerra e Paulo Fernando Magalhães Pinto, foram condenados, respectivamente, a 13 anos e seis meses; cinco anos e oito meses; e três anos e seis meses.

 

Carlos Miranda, um dos principais operadores financeiros de Cabral e delator do esquema de corrupção, foi condenado a 20 anos e seis meses, mas terá a pena abrandada por ter colaborado com a Justiça.

 

Outro operador financeiro do esquema, Luiz Paulo Reis recebeu sentença de três anos e sete meses.

 

O empresário Carlos Borges foi condenado a três anos e seis meses de prisão e José Orlando Rabelo, que era acusado de ser operador do esquema, foi absolvido.

 

A Operação Calicute foi a primeira deflagrada pela força-tarefa da Lava jato no Rio e desvendou um esquema de corrupção no governo do estado, que desviou pelo menos R$ 224 milhões de obras como a construção do Arco Metropolitano, expansão do metrô de Copacabana e reforma do Maracanã.

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