Witzel cria secretaria temporária para transição da segurança pública no Rio
O governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, decidiu criar uma secretaria temporária para fazer a transição das atividades de segurança pública. 
Em nota, o futuro governo explicou que o objetivo é ter tempo para fazer as adaptações necessárias para a nova estrutura administrativa da área, já que a Secretaria Estadual de Segurança será extinta na próxima gestão.
No texto, a assessoria do governador eleito informa ainda que a pasta temporária vai durar até junho de 2019, quando também serão encerradas as atividades do gabinete de intervenção, que funcionará no primeiro semestre de 2019 para auxiliar o governo do Rio na transição das atividades relacionadas à segurança pública.
Nesse período, o gabinete também vai concluir a aquisições feitas com os recursos federais que estão sendo empenhados até 31 de dezembro deste ano, quando termina oficialmente a intervenção.
Witzel indicou o engenheiro Roberto Motta para chefiar a pasta temporária. Ele foi candidato a deputado federal nas últimas eleições pelo PSC, mesmo partido de Witzel, mas não se elegeu. Motta atua desde 2007 como consultor na área de segurança pública.
O fim da Secretaria Estadual de Segurança foi uma promessa de campanha do futuro governador. Na época, ele justificou a proposta dizendo que o modelo atual não está funcionando e dificulta o combate ao crime.
Witzel afirmou ainda que irá assumir diretamente a responsabilidade pela Segurança Pública no Rio de Janeiro e que, com a mudança de estrutura, as polícias Civil e Militar terão status de secretaria.
Entretanto, a medida recebeu duras críticas de especialistas e inclusive dos membros do Gabinete de Intervenção Federal, que avaliaram que o fim da Secretaria de Segurança pode colocar em risco o legado construído pelos militares ao longo da intervenção.
