Procuradoria Federal contesta comemoração de 31 de março de 1964

Política

Publicado em 27/03/2019 - 11:49 Por Priscilla Mazenotti - Brasília

Em nota pública divulgada nessa terça-feira (26), a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, do Ministério Público Federal, contestou a recomendação do presidente Jair Bolsonaro para que quarteis e guarnições militares celebrem o dia 31 de março de 1964.

 

A data marca a destituição do então presidente João Goulart pelas Forças Armadas, que assumiram o poder por 21 anos. 

 

Para a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, a celebração da instituição do regime militar "representa a defesa do desrespeito ao estado democrático de direito".

 

A nota da procuradoria diz ainda que Jango assumiu o cargo de acordo com a Constituição de 1946, e o governo era legítimo.

 

A Defensoria Pública da União também questionou a recomendação: moveu uma ação civil pública contra a União, por entender que autorização fere os princípios constitucionais da moralidade e da legalidade.

 

O porta-voz da presidência da República, Otávio Rêgo Barros, disse na última segunda-feira (25) que Bolsonaro aprovou a mensagem que será lida em quarteis e guarnições militares no próximo dia 31 de março, em alusão à tomada de poder pelos militares em 1964.

 

A data não será celebrada pelo Palácio do Planalto ou pelo presidente Jair Bolsonaro, que estará em viagem oficial a Israel.

 

* Com informações da Agência Brasil e colaboração de Victor Ribeiro. 

Últimas notícias
Saúde

OMS: Vacinas salvaram 154 milhões de vidas em 50 anos

Os esforços globais de imunização têm sido fundamentais, salvando aproximadamente 154 milhões de vidas nos últimos 50 anos, conforme indicado por um estudo conduzido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), revelado recentemente.

Baixar arquivo
Economia

Reforma tributária: Haddad leva texto da regulamentação ao Congresso

O documento tem mais de 300 páginas e 500 artigos com as regras do novo sistema de cobrança de impostos. Ele substitui cinco impostos por dois, um federal e um para estados e municípios.

Baixar arquivo
Política

Congresso Nacional adia análise de vetos presidenciais

A ideia é dar mais tempo para os líderes do governo e da oposição entrarem em acordo para a votação.

Baixar arquivo
Internacional

Presidente de Portugal reconhece culpa pela escravidão no Brasil

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu que seu país tem responsabilidade pelos crimes da era colonial, como tráfico de pessoas na África, massacres de indígenas e saques de bens.

Baixar arquivo
Geral

Preso, Chiquinho Brazão fala no Conselho de Ética da Câmara por vídeo

Brazão, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, está preso há um mês e é alvo de pedido de cassação apresentado pelo PSOL.

Baixar arquivo
Segurança

CCJ da Câmara aprova lei que permite aos estados decidirem sobre armas

Pelo projeto de lei, os estados poderiam decidir sobre a posse e o porte de armas. Parlamentares favoráveis à proposta acreditam que diferenças estaduais precisam ser respeitadas. Já os contrários, afirmam que regras sobre armas devem ser definidas por uma lei nacional. Base do governo aponta inconstitucionalidade da medida.

Baixar arquivo