TRF-2 condena ex-deputados estaduais Jorge Picciani, Paulo Mello e Edson Albertassi
O Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região, no Rio de Janeiro, condenou, nessa quinta-feira (28), os ex-deputados estaduais Jorge Picciani, Paulo Mello e Edson Albertassi, todos do MDB, por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Todos foram condenados na ação penal derivada da Operação Cadeia Velha, que apurou o pagamento de propina por empresários ligados à Fetranspor, que reúne as empresas de ônibus do estado, e pela Odebrecht, em obras na gestão do ex-governador Sérgio Cabral.
O ex-presidente da Alerj Jorge Picciani foi o que teve a pena mais alta de 21 anos de reclusão e multa, pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Paulo Mello, que também presidiu a Alerj, foi condenado a mais de 12 anos de prisão e Edson Albertassi a mais de 13 anos.
O voto do relator Abel Gomes pela condenação dos três foi acompanhado pelos outros quatro desembargadores da 1ª Seção Especializada do TRF-2.
A ação penal foi julgada na segunda instância da Justiça Federal porque os parlamentares tinham foro privilegiado na época da denúncia. A decisão do tribunal também manteve as prisões preventivas dos três deputados. Jorge Picciani está em prisão domiciliar.
Ainda cabem recursos contra as condenações. Eles só começam a cumprir a sentença depois que os recursos forem julgados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Outros onze réus da operação Cadeia Velha também foram condenados, nessa quinta-feira, pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio. Entre eles, o empresário Jacob Barata, conhecido como rei do ônibus, que foi condenado a 12 anos de reclusão, e Felipe Picciani, filho de Jorge Picciani, condenado a mais de 17 anos de prisão.