Força-tarefa vai investigar assassinato no aeroporto de Guarulhos
Uma força-tarefa vai investigar o crime ocorrido no Aeroporto de Guarulhos, na semana passada. O secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite, anunciou, nesta segunda-feira (11), a criação de um grupo reunindo as forças de segurança estaduais para apurar as circunstâncias da execução do empresário Vinícius Lopes Gritzbach. O Ministério Público e Polícia Federal vão acompanhar as investigações.
Gritzbach foi morto com 10 tiros na saída do aeroporto de Guarulhos, na sexta-feira (8), após voltar de viagem de Maceió, em Alagoas. Ele tinha envolvimento com a facção criminosa PCC e estava ameaçado de morte. O empresário também era réu pelo assassinato de dois integrantes da facção.
Os atiradores encapuzados fugiram do local do crime e depois abandonaram o veículo. Segundo Derrite, a corregedoria da PM investiga os policiais que faziam segurança para Gritzbach.
"Já existe um inquérito policial militar instaurado pela Corregedoria da Polícia Militar apurando a conduta criminal dos policiais militares mencionados. Não só os que estavam ali realizando a escolta nesse dia, mas eventualmente de outros policiais militares envolvidos com qualquer indivíduo da facção criminosa, o Primeiro Comando da Capital".
A PF (Polícia Federal) já começou a extrair dados dos celulares dos policiais que faziam a escolta do empresário. Vinícius Lopes Gritzbach denunciou, em outubro, policiais civis por extorsão. A Polícia Civil também apura o envolvimento de agentes da força no caso.
O motorista de aplicativo Celso Araújo Sampaio de Novais, que estava no aeroporto na hora do crime, foi baleado e acabou morrendo no sábado (9). O secretário Derrite disse que lamenta a morte de Araújo que é mais um caso de efeito colateral de atuação do crime organizado.
"Secretaria de Segurança Pública lamenta demais a morte do motorista de aplicativo. O que pode ser feito para ajudar a família? A melhor resposta é identificar o mais rápido possível e realizar a prisão. Fazendo justiça contra os assassinos que, infelizmente, levaram à morte esse trabalhador, que lamentavelmente acaba se tornando uma vítima, um efeito colateral de abolição do crime organizado."
Guilherme Derrite também recusou a proposta de federalizar o crime e disse que a Força-Tarefa terá prioridade para investigar o que ocorreu.