Lideres partidários a favor da reforma da Previdência passaram o dia dessa segunda-feira (8) reunidos na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, deputado Rodrigo Maia. Lá, além dos parlamentares, os ministros Onyx Lorenzoni, da Casa Civil, e Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, discutiram detalhes para a votação desta terça-feira (9).
A segunda-feira (8) foi de ajustes na estratégia de votação: de um lado a oposição já anunciou que vai apostar na obstrução para atrasar os trabalhos. Em coletiva à imprensa na Câmara, a líder da minoria, Jandira Feghali, do PCdoB, disse que os integrantes dos partidos contrários à reforma da Previdência farão uma oposição lenta e gradual.
Segundo a líder, eles vão buscar os chamados dissidentes dos partidos e apoiar todos os destaques do texto, que são alterações na proposta. Por exemplo, incluir regras especiais para os professores se aposentarem.
Na comissão especial, deputados devolveram a isenção da contribuição previdenciária para exportadores rurais, que renderia quase R$ 84 bilhões aos cofres federais em 10 anos.
Do outro lado, o governo ainda tenta administrar a situação dos profissionais federais da segurança pública que querem flexibilizar as regras para a categoria.
O líder do PSL na Câmara, deputado delegado Waldir, adiantou que o partido não deve apresentar destaque para beneficiar a categoria.
Na avaliação do líder do PP na Câmara, Arthur Lira, algumas categorias já conseguiram apoio para regras especiais, o que poderia prejudicar a votação e também os planos de economia com a aprovação do texto.
Para ele, ainda é difícil prever como será a votação da reforma na Câmara.
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirma que o governo pode chegar aos 330 votos favoráveis para aprovar a matéria no plenário.