Segurança de jornalistas é importante, mas manifestantes têm liberdade de expressão, diz Heleno
Depois que alguns veículos de imprensa suspenderam o envio de jornalistas aos plantões no Palácio da Alvorada alegando falta de segurança, o Ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, esteve nesta quinta-feira no local para avaliar de perto a situação e as instalações onde ficam profissionais de imprensa e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.
Durante a visita, o ministro – responsável pelas instalações e a segurança do local – conversou com jornalistas e disse que o governo não quer que as agressões verbais continuem, mas afirmou que os manifestantes também têm o direito de ficar ali.
Após relatos de agressões físicas e verbais de apoiadores do presidente contra jornalistas em atividade no Palácio da Alvorada, líderes parlamentares e a Associação Brasileira de Imprensa apoiaram a decisão dos veículos de retirarem os profissionais do local. O Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal chegou a informar, em nota, que pediu às empresas que avaliem a situação até que a segurança seja garantida.
Ainda durante a conversa com jornalistas, o ministro do GSI, Augusto Heleno, falou sobre outros assuntos. Um deles foi a nota assinada por ele, na qual critica o pedido de partidos políticos para que o celular do presidente Jair Bolsonaro seja apreendido.
O pedido foi encaminhado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello, à Procuradoria-Geral da República. O general Heleno citou, em nota, que poderia haver consequências, caso o celular fosse apreendido. Nesta quinta, o ministro disse que se posicionou porque discorda da medida, mas alegou que a nota foi distorcida.
A respeito de manifestações públicas que pedem intervenção militar no Brasil, Heleno disse que respeita a liberdade de expressão, mas que essa possibilidade “não resolve nada”.