Pesquisa DataSenado faz mapeamento de como a pandemia afetou o ensino

Publicado em 13/08/2020 - 22:18 Por Anna Luisa Praser - Brasília

Estudante do oitavo ano do ensino fundamental em Brasília, Arthur Cardoso relata os desafios que tem enfrentado desde que as escolas fecharam, por consequência da pandemia do novo coronavírus.
 
Sonora: “É uma dificuldade imensa a aula on-line porque é cansativo, tem que ficar sentado muitas horas em frente ao computador. É bem repetitivo, tem que fazer muita coisa em pouco tempo. Eu sinto muita falta das aulas presenciais”.
 
O universitário brasiliense, Lavousier Barbosa, também tem uma nova rotina desde que as instituições de ensino foram fechadas.
 
Sonora: “Diferente das aulas a distância, que são extremamente objetivas, nas aulas presenciais você tem a oportunidade de trocar a experiência com os alunos e também com os professores, até para melhorar a desenvoltura da aula e o desenvolvimento do raciocínio”.
 
Esses dois alunos fazem parte dos 20 milhões de estudantes que tiveram as aulas suspensas em julho desse ano. De acordo com a pesquisa do Instituto DataSenado, esse número representa 34% do total de alunos matriculados na educação básica e superior.
 
De acordo com a pesquisa, os alunos da educação básica foram os mais afetados: quase 18 milhões tiveram as aulas interrompidas em julho, enquanto no nível superior, esse índice é de quase 1 milhão e meio de alunos.
 
Em outra análise da mesma pesquisa, foi observado que mais de 32 milhões de alunos que tinham aulas presenciais, passaram a ter aulas remotas. Sendo que desse total, cerca de 28 milhões cursam a educação básica e quase 4 milhões estão no ensino superior.
 
Dentre os pais e responsáveis ouvidos pelo estudo, 43% declararam ter filhos matriculados em escolas e faculdades. A maioria, 79% frequenta instituições públicas e 21% estão em estabelecimentos privados.
 
Sessenta e três por cento dos pais entrevistados disse que, nos últimos dias, as aulas foram majoritariamente on-line, por causa da pandemia e outros 36% responderam que as atividades permaneceram suspensas.
 
O índice de instituições que permaneceram sem aula durante o mês de julho foi maior entre as públicas, 40%, contra 18% das particulares.
 
Quanto à qualidade de ensino, 63% dos pais consideraram que houve uma queda nos padrões. Somente 8% consideram que houve melhora na educação fornecida pelas escolas e faculdades, e 22% responderam não haver alterações na qualidade do ensino ofertado.
 
Os celulares e computadores sãos os principais dispositivos utilizados para acessar as plataformas virtuais de ensino. Com relação ao acesso à internet, 79% declaram ter acesso enquanto 20% disseram não ter.
 
A incidência de alunos com acesso à internet foi maior entre os matriculados em intuições privadas.
 
O levantamento foi feito em todos os estados e no Distrito Federal, por telefone, e ouviu dois mil e quatrocentos brasileiros maiores de 16 anos.

Últimas notícias
Direitos Humanos

MPF pede responsabilização de ex-agentes da ditadura

O Ministério Público Federal busca afastar a impunidade das violações cometidas pela ditadura entre 1964 e 1985. 

Baixar arquivo
Meio Ambiente

Inmet emite alertas de fortes chuvas e ondas de calor

Permanece o alerta vermelho para a onda de calor em boa parte do Mato Grosso, de São Paulo e no norte do Paraná. Também há o alerta de chuvas intensas no Sul, Sudeste, Norte e Nordeste. 

Baixar arquivo
Cultura

Biblioteca Nacional do Rio abre exposição "Homenagem a Carolina"

Carolina Maria de Jesus, conhecida pelo livro “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”, completaria 110 anos agora em 2024. 

Baixar arquivo
Economia

Prévia do PIB aponta crescimento de 0,6% em janeiro

O governo espera que o ritmo de crescimento do setor de serviços continue estável, e que a atividade industrial se recupere, com a retomada dos investimentos.

Baixar arquivo
Justiça

Justiça absolve policiais acusados de matar mulher no Rio de Janeiro

A auxiliar de serviços gerais Claudia Silva Ferreira morreu após levar um tiro e ser socorrida durante uma operação policial há 10 anos, no Morro de Congonha, em Madureira, Zona Norte do Rio. 

Baixar arquivo
Cultura

Passinho é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Rio

Uma mistura break, frevo, samba e capoeira: assim é o passinho carioca, uma dança que nasceu nas comunidades do Rio de Janeiro nos anos 2000.

Baixar arquivo