O governo federal lançou, nesta sexta-feira, o Plano Nacional de Fertilizantes. A medida pretende reduzir a dependência do Brasil em relação aos fertilizantes importados, usados na agricultura. O projeto é composto por 80 metas e 120 ações estratégicas com prazo até 2050. Atualmente, o Brasil importa 85% dos fertilizantes consumidos no país. A meta é reduzir essa dependência para cerca de 50% em um prazo de 28 anos.
Com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, cresceu a preocupação do governo com o abastecimento do insumo para o agronegócio, uma vez que a Rússia e a Bielorrússia, aliada da Rússia, são responsáveis por 43% das importações de fertilizantes do Brasil.
Mas o Presidente Jair Bolsonaro afirmou que o plano já estava em construção desde fevereiro do ano passado.
Entre as ações previstas no plano, está a transferência de recursos para Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, para desenvolver pesquisas e tecnologias com objetivo de aumentar a produção e racionalizar o consumo desses produtos. O plano também cria o Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas para gerir as ações do plano ao longo do tempo.
A ministra da agricultura, Tereza Cristina, argumentou que o plano não busca a autossuficiência na produção de fertilizantes, mas sim garantir o suprimento do insumo para o agronegócio brasileiro.
Entre as metas do Plano Nacional de Fertilizantes, estão previstas ainda mudanças tributárias e o fortalecimento dos financiamentos na área por meio do BNDES, o banco público de desenvolvimento do país, como destacou o ministro da economia, Paulo Guedes.
Na cerimônia de lançamento do plano, foi assinado ainda um projeto de Caravana da Embrapa para levar conhecimento e tecnologias aos produtores brasileiros com objetivo de aumentar a eficiência no uso dos insumos.