O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados abriu, nesta quarta-feira, sete processos de quebra de decoro parlamentar após cinco meses paralisado.
Dois deles são contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), apresentado por partidos da oposição. Ele é acusado de falta de decoro por ter criticado o uso de máscaras contra à covid-19 e de machismo e misoginia por ter se referido a deputadas como pessoas portadoras de vaginas em um comentário nas redes sociais dele.
Eduardo Bolsonaro usou o tempo de líder do PL para criticar as representações contra ele.
Também foi alvo de processo a deputada do PL-DF Bia Kicis, acusada de quebra de decoro por supostamente ter incentivado o motim de policiais militares na Bahia. Segundo a parlamentar, tratava-se de apenas uma opinião.
O deputado do PSOL-SP Ivan Valente rebateu as críticas dos acusados, argumentando que algumas posições representam crimes contra a democracia.
Foram abertos ainda processos no Conselho de Ética contra os deputados Eder Mauro e Carla Zambelli, ambos do PL, Soraya Manato, do PTB, e Wilson Santiago, do Republicanos.
Nesta quarta-feira, também foi feito o sorteio da lista tríplice dos possíveis relatores de cada um dos processos abertos.
Outras 10 representações contra parlamentares no Conselho de Ética ainda aguardam o início da tramitação.